Manobra de Epley

A manobra de Epley é realizada pelo terapeuta com o objetivo de reposicionar os cristais de cálcio (debris), dentro do canal semicircular posterior. Desta forma, fazendo com que a partir da força gravitacional, os cristais se desloquem até o utrículo para então serem eliminados.  A sua eficácia é extremamente alta, chegando a 90% dos casos quando se trata de uma VPPB do canal posterior. O procedimento é seguro e realizado em poucos minutos. Ao final da manobra o paciente será novamente testado e caso seja necessário, a manobra poderá ser realizada novamente, até que se obtenha o resultado desejado. Ou seja, a manobra será bem sucedida, quando desencadear um nistagmo idêntico a manobra diagnóstica, comprovando que a litíase seguiu a sua rota através da crus commune até o utrículo.

É normal, após uma manobra bem sucedida, o paciente ainda apresentar algum grau de desconforto vertiginoso, como uma pseudo embriaguez. Isso se deve ao fato dos cristais ainda permanecerem por algum tempo livres sobre a mácula utricular. Porém essa sensação desaparecerá em alguns poucos dias.

Como é feita a manobra de Epley?

Manobra de Epley para uma VPPB do canal posterior esquerdo

1. Na posição inicial o paciente se encontra sentado, pernas estendidas e cabeça girada 45º para o lado esquerdo.
2. Deita-se o paciente com a cabeça estendida e rodada 45º para o lado acometido. (Até esse momento, a manobra é realizada da mesma forma do teste de Dix-Hallpike, e o terapeuta observa se ocorrerá movimentos involuntários dos olhos, conhecido como nistagmo).
3. Em seguida o terapeuta irá rodar a cabeça do paciente em 90º na direção oposta (nesse caso para o lado direito).
4. Será ao paciente para que ele role o corpo para a direita, fazendo com que a cabeça gire 90º e a visão fique em direção ao solo (nesse momento irá ocorrer nistagmo e vertigem , gerando a liberação da litíase na crus commune).
5. Por fim, o paciente é direcionado até a posição sentada, concluindo a manobra.

Fonte: Reabilitação vestibular – GUIA PRATICO. JEAN PIERRE SAUVAGE E HELÈNE GRENIER.