Lombalgia – Dor lombar

Lombalgia  não é uma doença específica, e sim um sintoma que pode ocorrer a partir de uma variedade de processos. Em até 85% das pessoas com dor lombar a causa é desconhecida. Atualmente é a segunda causa mais comum de procura ao serviço médico, afetando 80 % da população mundial.

As possíveis fontes de dor lombar são: músculos, ossos e/ou nervos da coluna vertebral. Dores referidas de órgãos abdominais, pélvicos e do tórax também podem ser fonte de dor. Também é bastante reconhecido que a dor pode ser muito influenciada por estresses psicológicos e outros fatores não orgânicos.

lombalgia

As causas mais comuns de lombalgia são:

  • Fatores hereditários;
  • Sedentarismo;
  • Idade entre 35 e 55 anos;
  • Hábitos posturais ruins;
  • Trabalhos que sobrecarregam a coluna vertebral;
  • Fatores psicossociais (principalmente na lombalgia crônica).

Fontes de dor lombar

A coluna lombar é uma estrutura incrivelmente bem planejada, onde ossos, ligamentos, músculos e discos intervertebrais se inter-relacionam. Garantindo assim, força, flexibilidade e proteção para o sistema nervoso. Porém, quase todas as suas estruturas são inervadas, e seus ramos nervosos se sobrepõem tornando muito difícil a sua diferenciação (veja imagem abaixo). As suas principais fontes são: dor lombar lombalgia

  • Discos intervertebrais (provavelmente a mais comum):
  1. Hérnia de disco; (saiba mais).
  2. protrusão discal;(saiba mais).
  3. Doença degenerativa do disco (DDD).
  • Estenose do canal vertebral;
  • Músculos e ligamentos;
  • Radiculopatia (nervo ciático);
  • Espondilolistese.

Tipos de lombalgia

Aguda: Até 12 semanas, de característica inflamatória, com dor constante, início súbito e muita limitação para movimentos da coluna.

Crônica: A partir de 12 semanas, com características mecânicas, dor intermitente, início gradual, podendo estar relacionada a fatores psicossociais.

Bandeiras vermelhas (red flags)

São sinais e sintomas de que alguma coisa mais grave pode estar acontecendo. Porém, uma bandeira vermelha não se caracteriza um diagnóstico, mas apenas uma necessidade de se avaliar mais de perto.

Nesse sentido, sabemos que 2% das causas de dor lombar podem estar relacionadas com patologia grave. Dessa forma, listamos  abaixo sinais e sintomas que quando presentes, será indicado avaliação mais detalhada.

  • Idade inferior a 20 e superior a 55 anos.
  • Perda de peso sem causa;
  • Dor na região lombar alta;
  • Uso prolongado de corticoesteróides;
  • Dor associada a cansaço excessivo;
  • Incontinência ou dificuldade para urinar, anestesia em região genital, e fraqueza importante nas pernas;
  • Dor noturna (não relacionada com movimentos).

Diagnóstico e prognóstico

Atualmente existem inúmeros exames de imagem para diagnosticar problemas discais, como ressonância magnética, raio-x e tomografia computadorizada. Porém, a sua real contribuição no tratamento da dor lombar é assunto de muita discussão. Estudos recentes demonstraram que a incidência de problemas discais são muito comuns na população em geral, inclusive em quem nunca apresentou um quadro de lombalgia na vida. Então, ao pegar exames com o diagnóstico de problemas degenerativos na coluna, não se assuste, essas alterações são normais e fazem parte do ciclo natural de envelhecimento. Acima de tudo, avaliação clínica ainda é a melhor forma de estabelecermos um tratamento eficiente.

O prognóstico da dor lombar é extremamente favorável, 90% dos pacientes irão melhorar em até 4 semanas. Porém, também sabemos que a recorrência da lombalgia é muito grande. Sendo assim, o tratamento deve ser voltado não apenas para a fase aguda mas também para a prevenção de novas crises.

Tratamento da dor lombar

O tratamento ideal vai depender de vários fatores, como: Idade, característica dos sintomas e da fase na qual o paciente se encontra (lombalgia aguda ou crônica).

Na fase aguda vamos priorizar o controle da dor e afastar os fatores provocadores. É muito comum o paciente com lombalgia ficar perdido na maneira de lidar com o problema.

Algumas considerações importantes na lombalgia aguda

  1. Repouso em excesso é prejudicial: Estudos comprovam que mesmo na fase aguda ficar deitado a maior parte do tempo retarda o tempo de recuperação.
  2. Dor e rigidez matinal não estão relacionados a posição de dormir e tão pouco a qualidade do colchão. Fatores fisiológicos próprios  do disco intervertebral explicam este fenômeno.
  3. Sintomas de incontinência ou dificuldade para urinar ou evacuar, anestesia em área genital e perda de força são uma emergência médica.

Na fase crônica vamos ter como objetivo a recuperação plena do paciente para o retorno de suas atividades profissionais, esportivas e de lazer.

Considerações importantes da lombalgia crônica

  1. Quanto antes iniciarmos exercícios melhor: A dor não precisar passar por completo para iniciarmos exercícios físicos. O Fisioterapêuta saberá indicar qual e em que intensidade o exercício deve ser realizado.
  2. Estudos mostram que fatores psico-sociais estão mais ligados a dor lombar crônica do que fatores orgânicos: Os principais elementos são insatisfação profissional, baixa auto-eficácia e medo\evitação da dor.

Os recursos terapêuticos utilizados em nossa clínica são:

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