Relação entre fatores psicossociais e lombalgia crônica
Como já foi dito aqui, a dor lombar é comum, incapacitante e recorrente. Para muitas pessoas a lombalgia se torna persistente com graves consequências para sua participação no trabalho e atividades sociais.
Na maioria dos casos, um diagnóstico definitivo não pode ser alcançado, sendo rotulado como dor lombar não específica. O conceito defendido na última década, tem enfatizado que a sua causa é multi-dimencional, incluindo a dimenção psicossocial. A evidência atual identifica fatores psicossociais como importantes preditores na transição da dor aguda para a crônica.
É necessário identificar pacientes com alto risco de desenvolver dor crônica, através de uma triagem de fatores psicossociais. Exemplos destes fatores são: depressão, ansiedade, catastrofização dos sintomas e medo de realizar movimento (cinesiofobia).
Pesquisas recentes evidenciam, que a percepção do paciente em relação ao retorno ao trabalho também é um preditor de incapacidade crônica, fatores como: expectativas negativas em relação ao retorno, insatisfação, crença de que o trabalho é prejudicial, medo de nova lesão, mau relacionamento com colegas e pouca establidade são fatores importantes.
Alguns exemplos de intervenções utilizadas para esses pacientes são terapia cognitivo-comportamental e varias formas de atividade física, com o objetivo de reduzir o medo de realizar determinados movimentos.