Correr pode ser bom para seus joelhos
Ainda existe muita preocupação a respeito do impacto que a corrida pode gerar na articulação do joelho. Esse pensamento é reforçado por profissionais da saúde que ainda aconselham pacientes com dor no joelho a evitarem atividades que provoquem impacto. Geralmente indicando exercícios dentro da água por exemplo. O argumento utilizado é que o impacto irá desgastar ainda mais a cartilagem, acelerando o processo degenerativo.
Porém um estudo recente mostrou que a atividade física pode ser benéfica para a articulação, provocando mudanças bioquímicas dentro do joelho que irão ajudar no seu funcionamento.
Estudos epidemiológicos de longo prazo, mostraram que corredores não tem mais chances de desenvolver osteoartrite do que não corredores.
Estamos em um momento que devemos repensar a forma de lidar com os problemas músculo-esqueléticos. Os nossos tecidos corporais são altamente adaptáveis, e respondem muito bem a estímulos mecânicos.
E também temos que mudar a forma de entender a dor. Hoje sabemos que na fase tardia, quando o processo inflamatório acabou e os tecidos corporais já cicatrizaram, o medo e a ansiedade, provocados por interpretações catastróficas dos exames de imagem, como por exemplo: “o seu joelho está osso com osso” ou “se você continuar correndo vai acabar em uma cadeira de rodas”, faz com que o paciente passe a evitar não só as atividades físicas, como também coisas básicas com subir uma escada ou uma simples caminhada. Esse quadro faz com que o paciente passe a ter um comportamento de evitação, consequentemente inibindo o comportamento de enfrentamento.
Esse momento é um ponto chave no processo de recuperação, se expor gradualmente as atividades provocadoras de dor (enfrentamento), é a melhor maneira de estimularmos a remodelação dos tecidos lesados, levando a uma recuperação plena.
[irp]