Dor no pescoço
As estimativas indicam que 67% dos indivíduos irão sofrer de dor no pescoço em algum estágio ao longo da vida. Com o aumento da população sedentária, especialmente com a dependência da tecnologia da informática no ambiente de trabalho, estima-se que a taxa de prevalência continuará a aumentar. A gestão eficaz desta condição é vital, não só para o alívio dos sintomas, mas talvez mais importante, para a prevenção de episódios recorrentes de dor, sofrimento pessoal e baixo rendimento no trabalho (Falla, 2004).
Dor cervical mecânica crônica é um disturbio inespecífico que é agravado por movimentos e atividades do pescoço. Com um curso marcado por períodos de remissão e exacerbação. Especula-se que o comportamento motor aberrante da musculatura do pescoço, pode contribuir para a persistência da dor, devido a fatores como irritação mecânica contínua das estruturas cervicais e fadiga muscular. Dentro da literatura há evidências da associação entre a dor cervical crônica e a alteração do controle neuromuscular.
Um dos pontos principais do controle neuromuscular em disfunção é a atividade aumentada da musculatura flexora cervical superficial, principalmente o ECOM e escaleno anterior. Esta hiperatividade da musculatura superficial é acompanhada por uma inibição da musculatura flexora profunda. Porém, o porque destas alterações ainda não está claro.
Estima-se que o sistema osteo-ligamentar contribui em 20% para a estabilidade mecânica do pescoço, enquanto 80% é fornecida pela musculatura circundante (Panjabi et al., 1998).
Na presença de lesão ou patologia, intervenções com exercícios terapêuticos são essenciais para a gestão eficaz do paciente com dor cervical crônica. Esses exercícios tem como objetivo ativar e aumentar a resistência da musculatura flexora profunda, melhorar a estabilidade segmentar vertebral em relação aos movimentos do braço e inibir (relaxar) a musculatura flexora superficial.
As técnicas de terapia manual, entram em conjunto para melhorar as restrições articulares e teciduais que podem estar contribuindo para a persistência dos sintomas.
Vídeo educacional sobre a anatomia e movimentos da coluna cervical.
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